Gazeta Mercantil Fernando Nakagawa Brasília Segundo o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, a consolidação da Super-Receita tende a ser concluída só na próxima década, devido a fatores como ajustes na lei e unificação das culturas da Fazenda e da Previdência. “A unificação tecnológica e de infra-estrutura pode ocorrer em um cenário azul, sem problemas, em até dois ou três anos. Mas a unificação de culturas, naturalmente, vai demorar mais tempo”, diz Rachid, favorito para chefiar a Super-Receita. O secretário afirma que a aprovação do projeto no Congresso será o primeiro passo para a implantação efetiva da autoridade tributária brasileira. O processo de fusão pode se arrastar por anos, mas o resultado final será positivo aposta Rachid. “Há expectativa de que possamos ter, ao longo do tempo, uma natural redução de gastos”, declara Rachid. O secretário ressalva que não há qualquer expectativa de aumento da carga tributária. Uma possível elevação da arrecadação no futuro decorrerá, garante, da inclusão de sonegadores à base de contribuintes. Em maio ao esforço para aprovar o texto no Congresso, Rachid manda um recado aos críticos da iniciativa. “Ganhar eficiência é o ponto que interessa à sociedade. Não posso olhar isoladamente o meu interesse particular. Temos de olhar para o interesse público”.