Paim: regras à greve são avanço

05 Mar 2007
A regulamentação do direito à greve e conseqüentes restrições impostas pelo governo federal aos servidores públicos foi considerada, ontem, avanço por parlamentares do PT e do PSB. O senador Paulo Paim enfatizou que desde a aprovação da Constituição federal, em 1988, tramita no Congresso Nacional projeto estabelecendo regras às paralisações. Segundo Paim, elas devem ser direito de todas as categorias, ´com exceção de setores que coloquem em risco a vida das pessoas´. Disse que os hospitais, por exemplo, precisam manter plantões permanentes.O deputado estadual Adão Villaverde, do PT, salientou que a proposta mantém o direito de greve, porém, estabelece critérios para que a sociedade não acabe penalizada. ´Ao preservar o trabalho de setores essenciais e estratégicos, a medida impedirá que a população seja agredida´, argumentou. Segundo Villaverde, apesar de os trabalhadores fazerem greves para lutar por direitos, acabam prejudicando a sociedade. ´A paralisação sempre desgasta os próprios trabalhadores. Por isso, sua regulamentação se torna evolução positiva´, argumentou.O líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque, do PSB, afirmou que o movimento não pode ser imposto: ´A greve é instrumento de reivindicação, mas deve ocorrer de forma que não atrapalhe. Por isso, as restrições têm que ser bem construídas, garantindo o direito dos trabalhadores, mas sem afetar o cidadão´.