Comissão aumenta salários de ministros, presidente e parlamentares em 26,49%
Os parlamentares deram ontem o primeiro passo para aumentar os próprios vencimentos, com a aprovação de duas medidas na Comissão de Finanças da Câmara. A primeira é um reajuste salarial de 26,49% para deputados, senadores, presidente da República, vice-presidente e para os ministros. A segunda, uma mudança de regras que permite aos congressistas gastar com mais liberdade as verbas a que têm direito para bancar as atividades políticas. Caso o Congresso aprove o reajuste, o custo pode chegar a R$ 85 milhões, sem contar o efeito cascata sobre as Assembléias Legislativas e as Câmaras Municipais, que pode ultrapassar os R$ 500 milhões. Levando-se em conta que os congressistas recebem 15 salários por ano, a remuneração média mensal fica acima do teto salarial do funcionalismo público, hoje de R$ 24,5 mil. A proposta precisa ser aprovada pelo plenário da Câmara antes de ser examinada pelo Senado. A aprovação dos projetos na comissão dá respaldo técnico ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, para aumentar os salários dos parlamentares. Na próxima terça-feira ele irá se reunir com os líderes partidários para discutir as propostas. Ontem, o deputado afirmou que a decisão de aumentar salários será do plenário, depois da manifestação dos líderes, e não revelou quando pretende incluir a proposta na pauta de votação. Chinaglia disse que foi ´surpreendido´ pela proposta de reajuste salarial. ´(Virgílio) não me deu detalhes, disse que iria tratar disso na comissão´, relatou.