Paralisação dos auditores fiscais teve adesão de 80% em Rio Grande
A paralisação de 24 horas dos auditores fiscais da Receita Federal do Brasil, realizada ontem, teve adesão de 80% dos auditores lotados em Rio Grande. Pararam fiscais que atuam no Porto do Rio Grande - Porto Novo e Tecon, no prédio da Alfândega e na Agência da Receita Federal no Município. Conforme a Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG), no Porto Novo, o dia de paralisação não teve reflexos nas operações.O presidente da unidade local do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), João Carlos Mello Nunes, relatou que em cada setor ficaram em atividades os chefes de setor e chefes de equipes. A paralisação da categoria é uma tentativa de fazer com que as negociações com o governo Federal avancem. O movimento é nacional.Nunes relatou que a categoria iniciou negociações com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) há 55 dias e até agora não houve avanços. A pauta de reivindicações dos auditores fiscais tem como eixos principais melhoria salarial e manutenção das atribuições da função. No início, houve negociação com o MPOG no sentido de que a remuneração da categoria seria por subsídios e escalonada, "como acontece com a da Polícia Federal e da Advocacia Geral da União (AGU)". Depois, o processo não andou mais. "O governo diz que não teve tempo", ressaltou.Os auditores realizaram assembléia na quarta-feira, na qual foi discutida a indicação de nova paralisação, de 48 ou 72h, na próxima semana, como continuidade da mobilização. Cada unidade da Unafisco enviou os votos para o Sindicato Nacional, para computação. O resultado deve ser conhecido hoje.Carmem Ziebell