Apex ajuda o Brasil a ganhar mercados.Entre os objetivos da Apex-Brasil, destacam-se a promoção da internacionalização das empresas brasileiras, o aumento do número de empresas exportadoras, a consolidação de mercados existentes e a abertura de..

10 Set 2008
Economia10/9/2008 Ana FritschOs produtos brasileiros estão invadindo o mundo, em especial a moda. E com referências nacionais. O que é produzido no País não é mais uma cópia do que é vendido na Europa ou nos Estados Unidos. O Brasil começa a ser visto como um país de tendências. E a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com o intuito de aumentar as vendas externas e o número de empresas exportadoras, tem projetos setoriais integrados. A agência também pretende diversificar a pauta de produtos vendidos e expandir o número de mercados importadores. "Entre as ações, a Apex promove a vinda de importadores e jornalistas para formar opinião sobre o País", explica o gestor de projetos da Apex, Marco Aurélio Lobo Junior. "Confiamos nos nossos produtos. Temos um parque fabril incrível e indústrias sólidas, mas que não têm cultura exportadora", diz. Entre os objetivos da Apex-Brasil, Lobo Junior destaca a promoção da internacionalização das empresas brasileiras, o aumento do número de empresas exportadoras, a consolidação de mercados existentes e a abertura de novos mercados para os produtos e serviços brasileiros. Ele ressalta que há um projeto de internacionalização e gestão estratégica de mercados, com uma nova estrutura organizacional (planejamento, gestão do conhecimento, imagem e acesso a mercados), o Apex-Internacional. Jornal do Comércio - Como construir a Marca Brasil no concorrido mercado internacional?Marco Aurélio Lobo Junior - Que pergunta difícil! Viemos galgando isso há dez anos para mudar a visão que o mundo tem do Brasil, de um País agrícola, de commodities. Queremos mostrar o Brasil da criatividade, da inovação em diversos setores. Hoje temos a área de tecnologia brasileira vendida no exterior, não só nos países de mesmo nível brasileiro, como México, África do Sul, mas Estados Unidos, Itália, França e Inglaterra, que adquirem a tecnologia brasileira. Você tem a moda brasileira invadindo o mundo e com referências nacionais. Não há mais a cópia, o Brasil começa a ser visto como um país de tendências. Estamos fazendo este trabalho há dez anos, é um trabalho difícil, conseguimos muitas coisas, erramos também. Hoje nosso objetivo é educar e capacitar as empresas para que elas se dediquem a aprimorar a exportação.JC - Quais as ações da entidade para a promoção das exportações das empresas brasileiras?Lobo Junior - Projetos setoriais, que incluem a participação das empresas em feiras internacionais. Agora mesmo, em Paris (França), há três feiras acontecendo, a Whos Next, a Modamont e a Tranoi. Somadas, temos 40 empresas brasileiras expondo. Isto é fantástico. Só na área de desenvolvimento sustentável, temos dez empresas participando. E são feiras que não se paga para estar, é preciso ser convidado, então o Brasil tem 40 empresas, e destas, dez serem reconhecidas como empresas que fazem um desenvolvimento sustentável é incrível. A vinda de compradores internacionais ao Brasil e de jornalistas também é importante para isto. JC - Na sua opinião, o que falta para as empresas brasileiras competirem mais fortemente lá fora?Lobo Junior - Acreditar nelas mesmas. Não vejo mais nada.JC - Quais os investimentos que têm sido feitos pela Apex para incrementar a sua atuação?Lobo Junior - Temos uma área de sensibilização e capacitação, ou seja, oferecemos às empresas maneiras de elas entenderem como é o mercado internacional e como devem trabalhar, seja por pesquisa ou estudo de mercado. Além disto, as próprias entidades de classe setorial trabalham também nessa capacitação continuada da empresa. E as empresas que conseguem estar no mercado internacional, na maioria das vezes, conseguem caminhar sozinhas. Nos últimos dez anos, tivemos um crescimento nas exportações acima da média nacional. JC - De quanto foi este crescimento registrado em dez anos?Lobo Junior - Do ano passado para este, no primeiro semestre, tivemos um crescimento de quase 28% em relação ao Brasil, que cresceu 19%. Então você imagina o ganho que as empresas estão tendo.JC - Quais os principais destinos das exportações brasileiras e quais os produtos mais comercializados no exterior?Lobo Junior - Nós temos os EUA ainda como um grande parceiro comercial, mas já caiu muito. Eles praticamente correspondem, hoje, a 12% do total comercializado. Para lá vão móveis, têxteis, equipamentos médico-hospitalares, frutas, plástico. Existe uma gama muito grande de produtos brasileiros, principalmente carnes e têxteis, vai para a Argentina, outro grande parceiro comercial. Hong Kong, nossa porta de entrada para a China, é o terceiro maior mercado consumidor. Aliás, estamos trabalhando maneiras de chegar à China, um imennso mercado de quase 300 milhões de pessoas e que tem um elevado poder aquisitivo. http://jcrs.uol.com.br/noticias.aspx?pCodigoNoticia=9930&pCodigoArea=33