Construção da P-55 começa em janeiro .A construção da segunda plataforma da Petrobras no Rio Grande do Sul é no porto do Rio Grande.

18 Set 2008

Economia 18/9/2008 A P-55, para exploração no campo de Roncador, no Rio, será a primeira unidade para exploração de óleo com execução 100% brasileira e prevê investimento de US$ 4,5 bilhões, sendo US$ 1,7 bilhão aplicado na montagem na cidade portuária. O anúncio da escolha do Estado foi feito na segunda-feira passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comanda hoje o batismo da P-53, primeira unidade construída em Rio Grande, com presença de ministros e da governadora Yeda Crusius. O ato, que será no cais onde está a P-53, terá espumante de vinícola gaúcha na tradicional quebra da garrafa durante o batismo. A estrutura deve zarpar do litoral gaúcho na próxima semana, depois de um ano de trabalhos no porto, segundo o gerente para implantação da plataforma no campo Marlim Leste, na Bacia de Campos, Rômulo Coelho. Será a primeira unidade a operar no campo. A idéia inicial é de que a P-53 deixasse Rio Grande amanhã, mas a previsão de mau tempo adiou a saída. A diretora de Petróleo, Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, será a madrinha da estrutura. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, participam da cerimônia, que está prevista para começar às 10h30min de hoje. O presidente chegará ao cais de helicóptero, vindo de Pelotas. O gerente do empreendimento da P-55, Francisco Carlos Ramos, informou que a direção da companhia aprovou ontem os contratos do consórcio vencedor da licitação. Ramos espera que a contratação seja assinada na próxima semana. O consórcio TOP-55, que reúne as empresas Queiroz Galvão, Iesa Engenharia e UTC - o mesmo grupo responsável pelo contrato da P-53 - executará quatro dos seis módulos da construção da plataforma em Rio Grande. Os outros dois serão no Rio de Janeiro. A previsão é de que o projeto gere 3,6 mil empregos diretos no pico da execução. O prazo para término da P-55 é de 31 meses, que começa a contar a partir da assinatura do contrato. Nove rebocadores levarão estrutura até o Rio Até o destino, a costa fluminense, a P-53 será conduzida por nove rebocadores portuários e mais cinco reserva. A uma distância de 24 quilômetros da costa do Rio, a unidade, com peso de 140 mil toneladas, será conduzida por dois rebocadores oceânicos até o campo de Marlim Leste. A plataforma tem 340 metros de comprimento, 30 metros a mais que a extensão do estádio do Maracanã. A unidade terá capacidade para exploração de 180 mil barris diários de petróleo no pico de produção, previsto para o segundo semestre de 2009, e 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O volume de óleo equivale a 7% e 8% da capacidade atual da estatal. A operação já começa no final deste ano. A produção será crescente de acordo com ativação dos 21 poços de extração - 13 de petróleo e gás e oito injetores de água. A maior parte do gás será destinado à geração de energia para mover a operação da estrutura, que consumirá 92 megawatts, suficiente para iluminar uma cidade com 300 mil habitantes. Outra característica da unidade é processar e não armazenar óleo ou gás, que serão escoados para outras plataformas na bacia. Para o gerente de implantação da P-53 em Marlim Leste, na Baía de Campos, no Rio, Rômulo Coelho, a primeira plataforma abriu caminho para consolidar o estado como pólo naval no País. A aposta é que no novo projeto seja ampliado o número de trabalhadores locais na obra. Na estrutura finalizada este mês, apenas 30% da mão-de-obra eram da região. O restante veio principalmente do Sudeste e Nordeste. Escolas técnicas locais e universidade aceleram a formação de profissionais. O investimento total para operação da P-53 foi de US$ 3,3 bilhões, sendo que metade dos recursos foi aplicada na montagem em Rio Grande pelo consórcio Quip. Diferentemente da P-55, que será totalmente construída no Brasil, a embarcação que está prestes a seguir para o Rio foi montada sobre a reconversão do navio português Setebello, que ocorreu em Cingapura. Na cidade, a plataforma já deixa saudade. Operador de uma escuna turística, Ubirajara Costa guiou dezenas de passeios sempre aos sábados, para levar visitantes curiosos para ver de perto o gigante estacionado no cais. "Agora é separar a outra plataforma", projeta Costa. Nova plataforma inaugura instalações do dique seco A P-55 deve inaugurar a operação do Estaleiro Rio Grande, que está sendo construído pela empresa WTorre, na cidade portuária. A nova estrutura, que começará a ser montada em janeiro, gerará 3,6 mil empregos diretos, no pico da obra, mas deve ocupar na largada pelo menos mil trabalhadores, antecipou o gerente do empreendimento pela Petrobras, Francisco Carlos Ramos. Ele espera ampliar a participação de mão-de-obra local nas contratações. A meta de ter pelo menos 75% de componentes nacionalizados será mantida no novo projeto, podendo chegar a quase 100%, aposta o gerente da estatal petrolífera. Ramos explicou ontem, em Rio Grande, que o casco começará a ser montado na metade do ano na área do dique seco, que está sendo construído pela WTorre e fará reparo e construção de plataformas. Blocos do casco já estão sendo elaborados no estaleiro Atlântico Sul, no porto de Suape, em Pernambuco. A nova unidade terá menos módulos que a antecessora e será submersiva. A operação, também no campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos, distante 120 quilômetros da costa, é prevista para o segundo semestre de 2011, atingindo o pico de 180 mil barris de petróleo por dia em 2012. A P-55 vai atuar no processamento de óleo e de gás de 18 poços. A licitação para a construção da estrutura foi lançada pela Petrobras em abril deste ano e as propostas das empresas foram entregues em agosto. A operação de construção prevê seis módulos, quatro serão montados em Rio Grande. Os outros dois módulos serão erguidos no Rio de Janeiro: de amina para tratamento de gás e de compressão de gás, a serem executados pela UTC, integrante do consórcio TOP-55. http://jcrs.uol.com.br/noticias.aspx?pCodigoNoticia=10030&pCodigoArea=33