Dólar comercial opera em alta; mercado segue nervoso

07 Out 2008

07/10/2008 - 09h39 Da Redação Em São Paulo Atualizado às 9h59 O dólar comercial abriu os negócios desta terça-feira em alta, após ter subido 7,53% na sessão anterior e alcançado o maior salto diário desde 1999. Por volta de 9h55, a moeda avançava 3%, cotada a R$ 2,26 na venda (veja quadro com a cotação do dólar atualizada). Depois da segunda-feira trágica, em que os mercados mundiais despencaram e no Brasil, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) interrompeu as negociações por duas vezes devido a fortes baixas, os investidores tentam reagir e encontrar um foco de ânimo em meio à crise. Ontem, o Banco Central e o Ministério da Fazenda anunciaram ações para evitar que os problemas financeiros norte-americanos reflitam no Brasil. Entre as medidas, está o aumento do limite da dedução de compulsórios para R$ 300 milhões, disponibilização de R$ 24 bilhões exclusivos para a compra de carteira de bancos menores e ampliação da linha de crédito para exportações em R$ 5 bilhões. Outras ações coordenadas para vencer a crise também estão sendo tomadas pelos demais países. O Banco Central da Austrália anunciou o corte na taxa de juros do país em um ponto percentual, para 6% ao ano, para reagir à piora das previsões de crescimento econômico mundial e ao aumento dos custos de financiamento das sociedades bancárias. A União Européia decidiu elevar a garantia dos depósitos bancários no grupo de 20 mil euros para 50 mil euros.A expectativa é de que esse patamar chegue, por meio de um novo acordo, a 100 mil euros. O governo britânico discute com instituições financeiras a possibilidade de uma injeção de recursos públicos. Fontes dizem que três grandes bancos, Royal Bank of Scotland, Lloyds TSB e Barclays, estavam em busca de 15 bilhões de libras (US$ 26 bilhões) cada para ajudá-los a enfrentar a crise global. Mercados A decisão do banco central australiano de reduzir a taxa de juros animou os mercados asiáticos, cuja maioria fechou em alta. A expectativa é que outros países adotem a mesma medida. A bolsa de Sydney subiu 1,72%, recuperando-se do pior nível em 3 anos, enquanto o índice Straits Times de Cingapura avançou 0,43%. O índice KOSPI, da Coréia do Sul, subiu 0,54%, enquanto Taiwan teve valorização de 0,34%. Na contramão, o índice Nikkei de Tóquio terminou em queda de 3%, a 10.155 pontos, patamar mais baixo em cinco anos., enquanto Xangai perdeu 0,73%.

http://economia.uol.com.br/cotacoes/ultnot/2008/10/07/ult1918u1243.jhtm