O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que o governo resolveu tentar, de novo, aprovar a proposta de reforma tributária, desde que seja mantida a essência do modelo concluído em 2007. "Mas não pode ser desfigurada", frisou o ministro.Ao descer de seu gabinete, após reunião com líderes da base aliada ao governo na Câmara dos Deputados, Mantega explicou que o governo decidiu retomar a ideia de votação da proposta de emenda constitucional (PEC) para mudança do modelo de cobrança de impostos no país.No fim de 2008, pegando carona com as dificuldades decorrentes da crise financeira global, o governo tentou levar a PEC à votação no Congresso, mas não teve sucesso. À época, líderes do próprio governo disseram que a matéria seria objeto para o próximo governo que vencer as eleições em 2010.No encontro de hoje, Mantega disse que queria saber dos líderes se há espaço na pauta para a votação em primeiro turno, antes do recesso parlamentar previsto para o período de 17 de julho a 11 de agosto."A conclusão a que chegamos é de que devemos levar adiante", disse o ministro. "O governo quer fazer a reforma tributária, porém, de forma consensual com o Congresso e com a maioria dos governadores e prefeitos", declarou Mantega.Ele insistiu que o Palácio do Planalto discorda de qualquer fatiamento do texto enviado pela Fazenda e alterado por proposta de substitutivo do deputado Sandro Mabel (PR-GO), com alterações colhidas após discussões com vários segmentos da sociedade.O ministro confirmou informação dada pelos líderes da base aliada, no sentido de que ele vai, de fato, convocar governadores e a oposição para conversar mais uma vez sobre a proposta de reforma tributária.